INTRODUZINE À
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E CRIAÇÃO DE FANZINES
(ANZINE)
A Associação Nacional de Pesquisa e
Criação de Fanzines (ANZINE) com sedes no IFF –
Instituto Federal de Fluminense, em Macaé-RJ, cujo campus possui a
Fanzinoteca de Macaé; e na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), campus Paulo Freire em Teixeira de
Freitas-BA (a ser implementada); se propõe a ser uma associação de
pesquisadores/as envolvidos/as com a pesquisa, criação e o desenvolvimento
científico e pedagógico acerca dos Fanzines, com desmembramentos nos zines,
biograficzines e zineletrônicos, e todas as demais manifestações do amplo
espectro dos fanzines.
A ANZINE foi idealizada inicialmente pela
pesquisadora e fanzineira Dra. Danielle Barros (UFSB) com o estímulo inicial
dos pesquisadores e também fanzineiros Alberto de
Souza (Beralto) (IFF-MACAÉ), Dr. Edgar Franco (Ciberpajé – UFG) – que
sugeriu o nome para a associação -, e Dr. Gazy Andraus (UFG), formando assim o
núcleo inicial de criadores da ANZINE. A associação vê o/a “fanzine[1]”
como uma modalidade paralela de publicação autoral e/ou em grupo, ou seja,
paratópica, já que não se configura como uma publicação oficial, embora
extremamente importante como construtora social, e que existe desde o final da
década de 1920/30, e batizado/a em 1940 por Russ Chaveneut, nos EUA. Embora
inicialmente fossem os zines publicações com contos e textos amadores atinentes
à literatura da ficção científica, propagaram-se pelo mundo ampliando os temas
aportando em 1965 no Brasil incluindo inicialmente como um dos temas de
destaque, as histórias em quadrinhos (HQs)[2].
Atualmente, o universo fanzineiro se desdobra com
eventos e exposições no mundo inteiro, como no Canadá, EUA, Toronto, França,
Portugal, Taiwan, Brasil e outros, e abriga coleções em bibliotecas públicas,
ou de faculdades e universidades, e ainda como espaços e locais destinados a
eles/elas, fanzines, no que se convencionou chamar de fanzinotecas , ou
fanzinetecas, e ainda zinetecas, como a recentemente inaugurada FanzinoteKa de Barueri-SP
(denominada de
Fanzinoteca “Thina Curtis” em homenagem à idealizadora do evento “Fanzinada”) e
a Fanzinoteca IFF – do Instituto Federal Fluminense).
Além disso, os fanzines, especialmente no Brasil e
a partir do início deste século XXI, começaram a ser mais conhecidos,
compreendidos e utilizados na educação, sobretudo por seus aspectos multi e
interdisciplinares, desde o ensino fundamental e médio chegando ao
universitário, incluindo na pedagogia da EJA, na formação de jovens e adultos,
na formação de educadores/as e até em cursos de pós-graduação.
A proposta da ANZINE tem como aglutinador de
pesquisa e criação seu objeto, o fanzine (e suas derivações), sendo por isso um
espaço livre e interdisciplinar desde sua concepção. Em seus princípios gerais,
entende que são justamente as diferentes perspectivas das diversas áreas do
conhecimento que possibilitam a melhor compreensão de um todo imiscuído na vida
e na realidade autoral de cada indivíduo na sociedade, que tem na criação de
seu fanzine (ou zine, ou biograficzine[3]),
um melhor diálogo entre si e a realidade cotidiana social que o permeia.
Destacamos ainda que o fanzine, por não ter
caráter comercial, propicia uma fraternidade entre seus idealizadores e
colaboradores que não tem par nas outras modalidades de expressão. Assim, o
fanzine é aglutinador, traz o humanismo necessário, mais ainda em tempos atuais
de discussões e querelas sem reflexão que despontam nas redes sociais como o
“Facebook”, cujo caráter original, embora seja também aglutinador, perpassa uma
premissa de conteúdo publicitário e comercial. Assim, o/a fanzineiro/a
geralmente é conhecedor intuitivo de que seu trabalho existe numa modalidade
paratópica à comercial, e que busca o entrosamento, o diálogo e confluência e
troca de ideias, bem como de expressões artísticas sejam quais forem (textos,
contos, HQs, HQforismos, cartuns, poesias, miscelâneas, etc.), desvinculando-se
de competições e salvaguardando um sentimento fraternal pouco propalado nos
sistemas sociais ora vigentes.
Assim, plantamos a semente e damos início à ANZINE
no contexto do ‘IV ENTRE ASPAS’ em Leopoldina/MG, já propondo e aplicando
oficinas com o tema fanzine para os participantes do evento.
Esperamos que apreciem este iníciozine. Abraço fraternal a todos/as, e sejam bem vindos à
ANZINE!
A
comissão da ANZINE, em 14/05/2019, num local paratópico!
Dra.
Danielle Barros Silva Fortuna (UFSB)
Alberto
de Souza (IFF- Macaé)
Dr. Edgar Franco (Ciberpajé – UFG)
Dr.
Gazy Andraus (UFG)
Se quiser fazer parte da
Anzine, envie um e-mail para: anzinegrupo@gmail.com
Site/blog: https://anzine.wordpress.com/ ;
Facebook: Anzine Pesquisador (https://www.facebook.com/anzine.pesquisador.7)
[1] Como provém o nelogismo da língua
inglesa, não havendo distinção de gênero (“the fanzine), pode-se denominar como
“o fanzine/zine” ou “a fanzine/zine”. Igualmente, pode-se considerar também
apenas o termo “zinar” (de “zine”, um diminutivo de “fanzine” correntemente
aceito).
[2] Devido ao fanzine “Ficção” de Edson
Rontani, lançado em 12 de outubro de 1965, há uma comemoração a cada 12 do
referido mês, como o Dia nacional do Fanzine.
[3] Uma variante biográfica dos fanzines,
idealizada pelo saudoso educador Elydio dos Santos Neto.
LEIA O ZINE DE APRESENTAÇÃO DA ANZINE, clique na imagem de capa:
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