sábado, 30 de janeiro de 2016

Ei, hoje completa 30 dias do assassinato do índio Vitor Pinto que mamava no colo da mãe, você sabia?

Dia 13 de janeiro fiquei sabendo da morte do índio menino que mamava no peito da mãe, foi assassinado depois de receber um carinho no rosto de seu assassino antes de ser degolado. O assassinato tinha acontecido dia 30 de dezembro, e eu só soube 15 dias depois, pela internet! Fiquei tão chocada que fiz este desenho e esta POSTAGEM. O crime aconteceu em Santa Catarina, não foi noticiado pela grande mídia e poucas pessoas souberam disso. Como diz a mãe do menino: “Se um indígena cortasse a garganta de uma criança branca o Brasil viria abaixo. Quero a mesma indignação pela morte do meu filho” - diz Sônia, mãe do Vitor.

Pertences do garoto permaneciam no local do crime no início da tarde (Foto: Gabriel Felipe/RBS TV)
Postei o desenho no facebook em meu perfil e página, enviei para algumas páginas e tiveram centenas de compartilhamentos. Uma das coisas que mais me intrigou entre as dezenas de mensagens que recebi é "NÃO SABIA DESSE CRIME, VIM A SABER AO VER O SEU DESENHO/POSTAGEM". Para mim, ter conseguido fazer a informação chegar a mais pessoas, já valeu ter criado a arte.

Postado com o provocativo título: "ATIVIDADE PARA "COLORIR" - pinte a criança morta"
Veja AQUI o post
E é curioso porque dias depois, a morte do ator de Harry Porter e do David Bowie, fez com que muita gente mudasse seus avatares, aquela comoção geral. Eles morreram de câncer aos 69 anos, e o menino com 2 anos no colo da mãe, ASSASSINADO, não gerou revolta, hashtags nem avatares. Claro que o valor enquanto pessoa e como ícones culturais que esses artistas representam é inestimável, mas minha comparação aqui não é entre "vidas" mais "importantes" e sim pela NÃO COMOÇÃO e não divulgação em um crime atroz como esse dentro de NOSSO PAÍS!

Foto: Guilherme Santos
Pari passu, com o crescimento da "nova era", muitas páginas, blogs e lojas que se valem da cultura indígena em uma verdadeira e lucrativa "apropriação cultural", com eventos de "cura xamânica", "moda", "rodas de vivências sagradas", e outros elementos da cultura indígena, não reverberou nem veiculou NADA sobre o crime. É um caso "chato" mesmo para lidar com a "clientela", imagino.

Exemplo de apropriação cultural na moda. Foto Victoria’s Secret
Também não vi a tão falada sororidade feminista daquelxs que vão às ruas batalhar por ter direito ao top less, "meu corpo, minhas regras", ao direito de amamentar em público e afins, sendo que essa MÃE indígena só queria amamentar sem ter seu filho DEGOLADO (se não for pedir muito). Sobre isso, outro dia eu comentei sobre o "silêncio" das feministas sobre o caso, em uma página feminista e mandaram ME CALAR no post, pois se tratava "de um outro assunto", que deveria ser discutido em "separado". 
Claro, acho que elas nunca ouviram falar em INTERSECCIONALIDADE, até porque a pauta do movimento feminista é distinto da militância da mulher negra, mas isso fica para um outro post. Mas antes, um "parêntesis": Não podemos esquecer que na pirâmide de gênero a mulher negra e indígena é a base no quesito opressão, então não interessa à muitos saber da realidade da mulher negra e indígena. 

A grande mídia está calada, sabe por quê? Porque o índio é um símbolo de ser holístico cuja sua simples existência denuncia nossa desconexão com a natureza e com nossa essência animal e espiritual.
O índio representa o retrato do que nos tornamos, de quem éramos e o que somos agora. O índio representa para a maioria, como um entrave ao "progresso", como uma antítese do capitalismo. Os índios são o símbolo da luta contra o AGRONEGÓCIO, o desmatamento, a criação pecuária que devasta nossas florestas e água. (Leiam este POST em que me aprofundo nesta questão).
Gente, o genocídio aos povos indígenas está em curso, começou em 1500 e continua!

Concordo inteiramente com esta citação:


"No mundo capitalista, no qual tudo vira mercadoria, não há espaço para o indígena. E não é só porque ele é uma presença incômoda, lembrança indelével do primeiro crime - a invasão. Mas porque ele é também a recusa histórica desse sistema. Ele não faz da terra uma mercadoria, ele não explora os parentes em fábricas de coisas, nem inventa produtos inúteis para vender aos incautos. O indígena pensa o território como espaço de vida e de espiritualidade. Reproduz suas cerâmicas, seus cestos, colares e bichinhos como resistência cultural e como única possibilidade de sobreviver no mundo que lhe foi imposto. E, se ocupa as ruas, as marquises e as rodoviárias é porque não têm outra escolha."
 (Elaine Tavares, 2016) 

Foto: Diversidad Cultural Indígena Latinoamericana
Outro dia vi uma notícia horrenda sobre o assassinato de um índio em situação de rua que dormia no chão nos arredores da rodoviária de Belo Horizonte (MG), o vídeo mostra a agressão gratuita que levou a morte do índio, ainda sem identificação de seu nome e etnia. 
Crimes como este é a mais horripilante representação do ódio, ódio do homem branco  em racismo perverso, de uma pessoa privilegiada, classe média, bem nutrido, bem vestido, mas com ódio de si mesmo, e de seu vazio existencial. Pois a guerra nasce da falta de amor próprio que faz com que os seres doentes da essência pratique atos de ódio contra o outro, contra o mundo, contra a natureza, logo, contra si mesmo. 
Sim, o índio morreu pisoteado até a morte. Mais um. Alô índio Galdino, mortes como a sua ainda são corriqueiras por este mundo cruel!
Índio não tem casa, não tem saúde, não tem terra (vide notícias de expulsão de terras), desocupação da aldeia Maracanã e o recente drama dos índios pataxó no sul da Bahia,  (só para citar alguns exemplos), índio não tem DIREITOS. 
A imagem do índio veiculada na mídia é de ser "vagabundo", "sujo", "invasor", "ignorante", "bêbado". O que esperar de uma nação que não respeita seus povos ancestrais? NADA! É como o filho que desonra o pai.
Poucos dias depois, acordei com essa notícia "Corpo de nordestino assassinado não atrapalha dia de praia em Florianópolis". No texto ainda tem trechos de uma "carta" chocante feita por um grupo que se dedica a fomentar o ódio contra nordestinos (do qual se referem como "baianos"), ameaçando o extermínio do que eles chamam de "praga". Nessa hora fico me perguntando: quantas pessoas foram mortas só por serem nordestinas? Quantas pessoas foram mortas só pelo fato de serem negras? De serem gays? De serem pobres? Por ser índio? 
Em seguida li um comentário raivoso de uma mulher em uma postagem sobre "feminicídio" respondendo a uma pessoa que lhe indagou "se o feminismo busca igualdade, porque só existe o feminicídio e não outros tipos de enquadramentos criminais, o feminismo buscando "igualdade", qual a razão de reivindicar esta "diferença"? A feminista bradou: "Porque só a MULHER morre por ser mulher!"

Pensei, é indiscutível e cruel a violência contra mulher. É um FATO, é antigo e precisa ser combatido de forma contundente, QUE O DIGA NÓS MULHERES NEGRAS E INDÍGENAS, mas afirmar que "só a mulher morre por ser mulher" além de não ser verdade, abriria o caminho para criarmos outros enquadramentos como: indigena-cídio, pobre-cídio, negr-icídio, feminicídio da mulher negra (ver este texto), homofobi-cídio, e tantos outros em que se morre por ser quem se é, tanto em relação a gênero, etnia, condição sexual e social.

Também não posso deixar de falar da morte dos 5 jovens NEGROS por PMs no Rio, bem como das crianças negras mortas (meninos e meninas) diariamente nas favelas, das Claudias assassinadas, dos Amarildos da vida, mas nem entrarei nisso senão o post ficará impossível de ler dada a extensão de exemplos. 
Mas para simplificar o genocídio, desta vez falando do negro no Brasil, esta notícia de 2014, mas muito atual, onde relata "o assassinato de 82 jovens por DIA, vítimas de 30 mil assassinatos em 2012; do total de mortes, 77% eram negros, o que denuncia um genocídio silenciado de jovens negros".
Gente, não é só mulher que morre por ser mulher: índio, nordestino, negro, pobre, todos os dias! A luta é muito maior. Deixo claro que apesar de não ser feminista eu luto pelos direitos da mulher (tanto que por vezes já me disseram "esse seu discurso parece feminista"), porém sou uma livre pensadora e atuante, e obviamente muitos de meus pensamentos poderão ser associados à diversas lutas, e daí a tendência em tentarem me rotular.  

Mas os índios SÃO FORTES E RESISTENTES, e esse vídeo é uma prova da força indígena, é arrepiante e indignante, veja você mesmo:


Termino este texto em memória de Vitor Pinto Kaingang com este trecho dito pelo Xamã yanomami Davi Kopenawa, publicado em seu livro "A queda do céu": 

Aliando mitologia, experiência política e pessoal, o xamã traz aos brancos lições urgentes e de uma sabedoria singular. Na entrevista, ele narrou o mito yanomami de criação da noite e explicou por que o céu corre o risco de desabar sobre nossas cabeças:
"(...) No início do mundo, no nascimento desse mundo, não tinha noite, não tinha escuridão. Só tinha dia, só tinha luz do sol. Foi um caçador, neto de Omama, que achou, que descobriu. (...)
O primeiro, o céu, foi Omama que levantou, como uma casa. Ele suspendeu o céu lá em cima e a terra, embaixo. Aí ele colocou uma pedra grande para segurar. Não é pau, não é árvore, ele colocou uma pedra. Mas ele não estava preparado, não estava com o pensamento bom para construir de uma vez só. Ele colocou mal colocado e mal apoiado. Ele fez o levantamento do céu e a terra embaixo para a gente morar. O povo yanomami começou a criar, casar, fazer filho, criou grupo, criou povo, e também criou pajé para cuidar. Então teve um acidente com o céu, porque, lá em cima, o vento é muito forte e ele não aguentou. A força do vento vem de dois lados, em cima e embaixo, e ficou balançando, balançando. Então a perna de pedra não aguentou, saiu do lugar e o céu caiu em cima do povo. Uns morreram e outros sumiram. Omama sobreviveu porque ele é o grande pajé e aguentou. E seus parentes também. Mas eles ficaram presos e não tinha buraco pra sair. O papagaio, que tem o bico forte, fez um buraco no céu, grande, do nosso tamanho, e todo mundo saiu. Omama, a mulher, filho, filha, primo, os que sobreviveram conseguiram sair. Aí Omama foi fazer de novo, mas ele já tinha um pensamento, um conhecimento melhor para não deixar o céu cair. Ele pensou: ‘Não tinha pensado direito, mas agora eu já sei como e vou fazer bem feito’. Eles foram, levantaram de novo o céu. E foi esse material bem forte que ele deixou porque a terra é muito pesada e o céu também é muito pesado. Aí eles colocaram um pé, assim, na frente e atrás para o céu não tremer e ficar balançando. Ele ficou bem mais seguro e não treme mais. Aqui, nesse lugar, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Boa Vista, Venezuela, Colômbia não balança. Mas lá, onde o céu termina, está mais fraco. Os pajés estão protegendo e tomando conta, os pajés yanomami e também outros pajés, parentes nossos – nós somos ligados a outros povos –, eles estão nos protegendo. Meus xapiri (espírítos), eles estão ali, protegendo para não deixar o céu cair outra vez, esse é o trabalho deles. Nós, yanomami, estamos muito preocupados, pensando que o céu vai cair de novo. Isso porque tiram o minério, que sustenta o céu, sustenta a terra. Mas o homem branco está tirando muito, para fazer peça de caminho de trem e não está preocupado com isso. Porque o homem da cidade não estudou. Isso é o perigo. Ele só estudou na escola para saber extrair a riqueza da terra, mas nós estudamos para não deixar acontecer como aconteceu. O céu só vai cair quando não tiver mais yanomami. Se os yanomami todos morrerem, com doenças, ameaça, se o homem branco chegar lá e matar todo mundo ou jogar bomba para acabar conosco. Estamos preocupados com a queda do céu. Agora, não vai cair, não, porque estamos vivos."

Pedimos Justiça, mais uma vida inocente se foi. Peço Força para família do Vitor, e meu desejo de que não seja "mais um" indígena dizimado da Terra. Que a lágrima dessa mãe e de todos que choram junto com ela, - pois Vitor é nosso filho,- seja a gota d´água para o despertar coletivo de uma mudança de atitude e visão acerca da humanidade e do respeito aos seres da terra, da água, do ar e de toda Gaia. Somos todos um.

Danielle Barros

FONTES: 

Em memória de Vitor Pinto, menino indígena assassinado aos 2 anos de idade, à seus familiares e à todos os indígenas do Brasil  Disponível em: http://ivsacerdotisa.blogspot.com.br/2016/01/em-memoria-de-vitor-pinto-menino.html

Novos hábitos, fim dos dias... Disponível em: http://ivsacerdotisa.blogspot.com.br/2016/01/novos-habitos-fim-dos-dias.html
Tragédia de índio Galdino, queimado vivo em Brasília, completa 15 anos. Leia a matéria completa em: Tragédia de índio Galdino, queimado vivo em Brasília, completa 15 anos . Disponível em: http://www.geledes.org.br/tragedia-de-indio-galdino-queimado-vivo-em-brasilia-completa-15-anos/#ixzz3ykW4Xhrb 
Os Kaingang, povo do curumim assassinado, em eterna fuga. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/12/politica/1452627574_159229.html
Segundo dados do IBGE, mortalidade infantil ameaça mais os indígenas recém-nascidos. Disponível em:
Suspensa ordem de reintegração de posse de terras ocupadas pelos guarani-kaiowá no MS. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=308356
Índios expulsos da Aldeia Maracanã vivem momento de expectativa em local provisório. Disponível em: http://www.ebc.com.br/cidadania/2013/04/indios-expulsos-da-aldeia-maracana-vivem-momento-de-expectativa-em-local-provisorio
UNEB divulga moção de apoio aos povos indígenas do Sul da Bahia. Disponível em: http://www.uneb.br/2016/01/25/uneb-divulga-mocao-de-apoio-aos-povos-indigenas-do-sul-da-bahia/
Índios Pataxó de Prado reivindicam permanência no Território Indígena de Comexatiba. Disponível em: http://www.justicasocial.ba.gov.br/2016/01/799/Indios-Pataxo-de-Prado-reivindicam-permanencia-no-Territorio-Indigena-de-Comexatiba.html
Corpo de nordestino assassinado não atrapalha dia de praia em Florianópolis. Disponível em: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/corpo-de-nordestino-assassinado-nao-atrapalha-dia-de-praia-em-florianopolis-por-aline-torres-2/
Violência: Brasil mata 82 jovens por dia. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/violencia-brasil-mata-82-jovens-por-dia-5716.html
1500, o ano que não terminou. Quem chorou por Vitor, o bebê indígena assassinado com uma lâmina enfiada no pescoço? Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/04/opinion/1451914981_524536.html
‘Feminismo Intersecional’. Que diabos é isso? (E porque você deveria se preocupar). Dispocível em: http://blogueirasfeministas.com/2014/07/feminismo-intersecional-que-diabos-e-isso-e-porque-voce-deveria-se-preocupar/
O falso feminismo interseccional ou o que importa é representar. Disponível em: http://www.geledes.org.br/o-falso-feminismo-interseccional-ou-o-que-importa-e-representar/
A morte brutal de um índio em Belo Horizonte. Um homem desfere dezenas de chutes na cabeça de um indígena que dormia na rua. Disponível em:

Taxa de homicídios de mulheres negras é mais que o dobro da de mulheres brancas (ESTUDO). Disponível em: http://www.brasilpost.com.br/2015/10/16/homicidios-mulheres-brasil_n_8312486.html

Comentários de Louis Allen sobre os zines Sibilante e Equilíbrio Dinâmico

Recebi este e-mail do Louis Allen, sobre Sibilante, ele autorizou a divulgação, segue o texto que me emocionou (Louis é o Criador do Fanzine ESTRO, que recomendei hoje, mais cedo):

"Terminei de ler teu trabalho, estou cá perplexo com a beleza indelével e a poesia melíflua do Equilíbrio Dinâmico... linda visão do sexo como União entre homem e mulher...

Sou poeta, intrínseca e imanente é minha ligação com o Universo, o Mistério Supremo, e sua obra fala direto com meu Eu Interior!

ESTOU, nada Sou, e nesse momento estou me reconstruindo de meu eterno processo de autodestruição. mas meu foco agora é Construção.

Assim é, assim será... sua obra me tocou, preencheu e atravessou de tal forma que precisaria inventar um idioma que expressasse o que sinto neste momento. Eu me refiro ao Sibilante.

Inclusive considero a condição de Poeta similar à das Sibilas. Brinco com meus amigos mais próximos que somos todos Portadores da Maldição da Sibila, que podemos ver e sentir coisas, mas somos isolados e apartados do restante do mundo, da sociedade, por sermos considerados loucos. eu me identifiquei imensamente com o texto da página 27.

enfim, estas são minhas impressões.
recomendarei seu trabalho!
Louis Allen

(jan/2015)



30 de janeiro, O DIA DO QUADRINHO NACIONAL!

Danielle Barros*
Hoje é o dia do Quadrinho Nacional! Escolhi essa foto em que estou muito chique em uma mesa de sessão de autógrafos e lançamentos no FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos ao lado do Ciberpajé Edgar Franco onde lançamos Sibilante revista em quadrinhos! Já me sinto parte do quadrinho nacional, desde 2012 (com HQ educativa sobre tuberculose e meu primeiro zine) tenho criado bastante, de forma independente e autoral e muito mais virá ainda, 2016 só está começando!
Parabéns e todos/as os/as quadrinhistas neste dia!

Em 1984, o dia 30 de janeiro foi escolhido pela Associação dos Quadrinhistas e Cartunistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP) para comemorarmos o Dia do Quadrinho Nacional. Esta data foi escolhida simbolicamente porque foi quando Ângelo Agostini (italiano radicado no Brasil) publicou o que é considerado o surgimento de um primeiro personagem fixo de quadrinhos no Brasil: "As Aventuras de Nhô Quim", no jornal Vida Fluminense.
Desde então o país se encantou com as mais diversas formas, traços, roteiros e estórias narradas nessa arte ímpar, as Histórias em Quadrinhos!
Contudo, o quadrinho nacional é muito mais do que a produção do mainstream, e é importante ressaltar a grande contribuição artística e cultural das HQs de autor, independentes e underground.
Ademais vale destacar o impressionante crescimento exponencial das pesquisas sobre HQ na área acadêmica, em diversas disciplinas sempre propondo importantes reflexões e perspectivas teóricas e metodológicas, e com isso novos eventos - congressos, festivais, colóquios, seminários, entre outros - tem surgido em diversos pontos do país, mixando a arte sequencial e a vida sob a ótica da Filosofia, História, Língua Portuguesa, Ciências, Matemática, Física, Religião, Semiologia, Ocultismo, Educação, etc.
Neste dia do QUADRINHO NACIONAL minha homenagem a todos/as os/as quadrinhistas, roteiristas, desenhistas, leitreristas, artefinalizadores/as, pesquisadores/as, fanzineiros/as e tantas outras expertises desse mundo fascinante, empolgante e difícil que é produzir e circular quadrinhos no Brasil!
Referências:
BRAGA, M.N. O Dia do Quadrinho Nacional e seus 145 anos de história. YahooNotpicias [on line]. 30/01/2014.
NARANJO, M. Quadrinhos nacionais comemoram 145 anos hoje. UniversoHQ [online], 30/01/2014.
Texto postado originalmente na página do facebook Biocyberdrama Saga em janeiro de 2014.

Eu com minha revista Sibilante no FIQ 2015

Eu com minha revista Sibilante no FIQ 2015 na mesa de autógrafos
*Danielle Barros é IV Sacerdotisa na Aurora Pós-humana, Doutoranda em Ensino de Biociências e Saúde (IOC-FIOCRUZ) - bolsista CAPES/Plano Brasil sem Miséria, Mestre em Ciências - Programa de Pós-graduação em Informação, Comunicação e Saúde do ICICT/FIOCRUZ, e Bióloga pela UNEB (Universidade do Estado da Bahia).

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Tarde com muito zine, quadrinhos e amizade de longa data

Há algum tempo Janaína, minha amiga e ex colega da turma de Biologia UNEB, me dizia estar curiosa em ver minhas criações que ela vem acompanhando através das postagens do facebbok, e hoje finalmente nos reencontramos! 
Separei zines, bolsas, imãs, revistas, e com muito carinho e fui encontrá-la! Falamos sobre vida, trabalho, arte e planos para 2016!
Adorei te encontrar Janaina Birindiba Viegas, que venham outros encontros! E agradeço pelo seu interesse em minhas criações! beijos em sua família!

Selfie com Jana e muitas criações nesta bela tarde!

Ai depois, Jana me enviou essas fotos lindas, da família curtindo zines, desenhos, poesia, e me mandou esta postagem:

"Danielle Barros, Isabela ficou encantada com a beleza do seu material!! Estamos aqui "explorando" tudo. É muita riqueza, de textos, imagens, ideias, poesias, desenhos, filosofias, figuras!!! Uau, encantador mesmo!! Parabéns e mais sucesso!" (Janaína Birindiba Viegas)
 (Foto Janaina Birindiba Viegas)

(Foto Janaina Birindiba Viegas)

e depois mais essas fotos:

 (Foto Janaina Birindiba Viegas)

 (Foto Janaina Birindiba Viegas)

 (Foto Janaina Birindiba Viegas)

(Foto Janaina Birindiba Viegas)

Estou muito feliz com o reencontro e por estar compartilhando minha arte com pessoas tão especiais! GRATIDÃO!!!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Monalisa Wazlawick comenta suas impressões sobre os fanzines Uivo, Ecos do Todo, Presença Focada e HQcrônicas, confira!

Olá, vou tecer meus comentários e pontos de vista a respeito dos zines Uivo, Ecos do Todo, Presença Focada e HQcrônicas. 
Ecos do todo, fiquei muito surpresa com sua técnica e o tempo estipulado pelos aforismos e ter feito um trabalho que transcende horizontes, pois os traços estão ligados ao texto. O lado humano vinculado a natureza, os animais, flora e fauna, renovação diária para renascer a cada dia, ligados também ao lado espiritual, mas sem ligações com religiosismos e sim com a essência, sem dogmas sendo cada um deus de si mesmo, de dentro para fora, sem buscas externas. Fora para dentro só a interação com a natureza, o silêncio e introspecção necessários.
HQcrônicas trata de algo bem vinculado ao lado egoísta, mesquinho e superficial do ser humano quando atribuímos a outros as derrotas, erros, mas abandonar gostos, hábitos, pessoas, aptidões em nome de outro alguém é um erro que muitos comentem, porém não se dão conta, amor, harmonia tem sintonia com ser você mesmo, apesar de desagradar alguns, quem muito quer agradar outra pessoa e abre mão de sua vida a tendência é a insatisfação, destruição e frustração futuros, pois relacionamentos tóxicos não estão vinculados com um companheiro, namorado ou marido, mas também amizades, família. É preciso quebrar os grilhões para ser livre para voar e viver.
Presença focada foi minha primeira leitura, porém a mais profunda no sentido humano aliado arte a textos profundos quanto a atitudes instintivas do ser humano, olhar para si mesmo, menciona sobre egoísmo, momentos de solidão necessários, alegrias e tristezas, curas e dores, momentos bons e ruins tão cotidianos e humanos, toca em um ponto muito importante algumas mensagens aliadas aos traços como a diferença gritante entre ter e ser, compartilhar e competir, este trabalho deveria ser obrigatório nas escolas, mas este é um outro assunto.
Uivo, sou muito suspeita ao tratar sobre Edgar Franco, amigo de mais de vinte anos, embora nosso contato pessoal foi uma única vez em São Paulo quando deu uma palestra na UNESP, admiro seu trabalho, textos e traços mostram a podridão do ser humano quando se farta de tragédias, notícias ruins e mal alheio, mas está livre quem ignora tudo isso e segue em frente contra tudo e todos, é um exercício diário, mas válido para uma limpeza interna necessária, viver o hoje, pois o passado já foi e o futuro uma incerteza, porque relembrar se podemos desfrutar do agora.

Esta é meu comentário e considerações.

Beijos e um abraço afetuoso, Monalisa
Leomar e Monalisa com os zines da Aurora Pós Humana em mãos!
Este texto da Monalisa foi postado como "comentário" em uma postagem do blog, mas achei que merecia virar um POST aqui, gratidão profunda por cada palavra e pelo tempo que dedicou a nos escrever sobre suas impressões! 

Novos hábitos, fim dos dias...

Em uma outra época padecíamos da falta de acesso à informação e vivíamos cegos e alheios a uma série de questões e acontecimentos. Paradoxalmente, hoje padecemos exatamente do oposto, vivemos na era da hiperinformação. Recebemos uma avalanche de textos, imagens, fotos, notícias, muitas sem pertinência alguma. Ficamos atolados e exauridos de tanta informação e alheios sobre o que realmente importa.
Esta semana, quase 10 dias depois, soube da morte do índio assassinado no colo da mãe enquanto o amamentava. Ontem publiquei um desenho sobre isso e umas das coisas que mais me chocou foi ler comentários de pessoas que disseram estar sabendo daquela triste história ao ver meu desenho em seus feeds. Relacionado ao tema do genocídio indígena, ontem assisti um documentário sobre a Monsanto e fiquei impressionada com a situação de terrorismo alimentar que vivemos. Tanto a morte do índio, quanto o documentário estão disponíveis na web, mas com TANTAS INFORMAÇÕES FÚTEIS, ninguém vê. E como eu disse, estando na web, não precisamos nem devemos esperar que a grande mídia noticie e veicule as verdades que precisamos saber, até porque o interesse das grandes corporações são diametralmente distintos do interesse da população.
Além disso, ter acesso à informação já não é mais justificativa para nada. Pois se antes se dizia que "nada pode ser feito" por "não sabermos de nada", hoje permanece NADA SENDO FEITO, só que agora sabemos muito.
Sabemos que a produção animal é uma prática insustentável e suicida que mina nossa água, devasta nossas florestas e biodiversidade, sabemos que os transgênicos são foram criados para "matar fome da população mundial", já que os famintos permanecem com fome, e os consumidores de alimentos transgênicos estão sendo COBAIAS de suas consequências (já que não se sabe as consequências da transgenia), os que se opõem à isso, por vezes consome também, já que os avisos nas embalagens estão sendo retirados. Sabemos que os que resistem ao agronegócio in loco (sobretudo os povos indígenas) estão sendo massacrados e a mídia ainda vende a imagem de que o índio é bandido. Sabemos que comemos veneno, pois a agroindústria tem se valido da biotecnologia para aumentar os lucros e envenenar seus consumidores para acelerar o plantio, colheita, para engordar o gado, para aumentar a produção do leite. Sabemos que não nos importamos com os animais, pois mesmo que tenhamos nosso gatinho, nosso cachorrinho, e dizermos "amamos animais", são os cadáveres deles e o sofrimento deles que alimenta a maioria da população, mas isso é naturalizado. E não adianta falar em cadeia alimentar, pois aqui ninguém vai pra mata CAÇAR, nem come bife cru. Existem uma infinidade de alimentos ricos em proteína, ferro etc que estão disponíveis em outras fontes alimentares, nós sabemos disso. E sabemos também que leite não é alimento saudável (se nos tempos da nossa vó era?..., há controvérsias, mas hoje não mais).
Já está acontecendo: queimadas e derrubadas de floresta para plantação de soja e outros transgênicos, para criação animal, expulsão de famílias da zona rural para obtenção de mais espaço, submissão de agricultores ao agronegócio e sementes patenteadas, uso indiscriminado de venenos, aumento das mais variadas doenças (cânceres, doenças degenerativas, alergias alimentares, etc) em consequência de tudo isso.
Horizonte do que vem em breve: ficaremos sem espaço para criar animais e obter ração suficiente para alimentá-los, aumentarão os maus tratos aos animais, que serão submetidos a cubículos, a quantidade de água escassa não será possível para fazer queijos, iogurtes, hamburgueres e tudo mais que necessita de uma GRANDE quantidade de água para produzir. Somente os mais ricos terão acesso à essas "iguarias" e os pobres terão que comer subprodutos cárneos para em seguida serem submetidos a um veganismo forçado, regado à muitos alimentos transgênicos e repletos de agrotóxicos.
Ou seja, já estamos comendo veneno, e a tendência é aumentar, só que em breve com menos água, mais calor e menos poder de "decisão" sobre como agir. E eu nem mencionei sobre a exponencial geração de LIXO!
Mas para quê pensar nisso se posso ir agora ao mercado comprar minha cerveja de milho transgênico com uma bela carne para churrasco, né?

Danielle Barros IV Sacerdotisa


Saiba mais aqui:

Flow Por amor à água https://www.youtube.com/watch?v=7qpzeoIp_2E
O mundo segundo a Monsanto https://www.youtube.com/watch?v=sWxTrKlCMnk
Conspiração da vaca (parte 1/7) https://www.youtube.com/watch?v=X0CSpNHEbmg

domingo, 24 de janeiro de 2016

Lançamento Zine de Ilustrações da IV Sacerdotisa para colorir

CAPA

Zine de Ilustrações da IV Sacerdotisa para colorir
20 páginas, preto e branco, impressão a laser, formato A5, papel 90g.
Já disponível na loja:
http://www.elo7.com.br/revista-de-ilustracoes-para-colorir/dp/6410E3


Algumas páginas da impressão de teste, ficou lindo!







Envio pelo correio, peça o seu! 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A revista Sibilante é citada em matéria do site especializado em quadrinhos "Impulso HQ"


Sibilante Revista foi lançada no fim de 2015, durante o Festival Internacional de Quadrinhos FIQ em BH-MG, e mesmo em meio a avalanche de lançamentos no evento, o quadrinista, educador e zineiro Denílson Reis citou Sibilante, Retrogênese e outras obras pertinentes lançadas no FIQ em sua matéria publicada no site especializado Impulso HQ, leia a matéria na íntegra AQUI!

Se quiser conhecer essa revista, adquira em nossa loja virtual
http://www.elo7.com.br/sibilante-revista-em-quadrinhos/dp/5ED405

Capa de Sibilante com arte da IV Sacerdotisa colorido pelo Ciberpajé

 Sibilante em gráfica


Conheça outros produtos em nossa loja: http://www.elo7.com.br/auroraposhumana

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Em memória de Vitor Pinto, menino indígena assassinado aos 2 anos de idade, à seus familiares e à todos os indígenas do Brasil

ATIVIDADE PARA "COLORIR" - pinte a criança morta



Não farei “textão” não. Deixo que a imagem fale por si mesma.
Queria entender uma coisa, matam centenas de pessoas na França: de repente todos mudam o avatar. Menino sírio morto encontrado na praia, viraliza a foto, comoção geral. Hashtags#somostodosmeninosirio
Uma garota participante de programa culinário recebeu assédio sexual: indignação nacional, pauta de todos os jornais. Certo, todas essas questões são pertinentes e devem ser mesmo problematizadas, mas a invisibilidade disto me incomoda profundamente:
UM MENINO É MORTO ENQUANTO MAMAVA NO PEITO NA MÃE em plena luz do dia!
Ah, sim, foi manchete nos telejornais locais, por alguns dias, mas cadê toda aquela comoção nacional?
Isso não aconteceu na França, nem na Síria, é AQUI!
AH...mas ele é ÍNDIO!
Enquanto tantas mulheres fazem campanhas para poderem amamentar em público, a mãe do Vitor Pinto queria que seu filho não fosse assassinado na hora da amamentação.
Por que isso não vira protesto nacional e TOP número 1 de hashtag???
Não entendo!!! Cadê a revolta?
Muitos sequer souberam da notícia. Mas fico me perguntando, por exemplo, se na época dos mais de 1 milhão de pessoas nas ruas na época dos “20 centavos”, como as pessoas conseguiram se comunicar e se organizar em prol de algo - e para isso acontecer não dependeu da veiculação de notícias na grande mídia para se organizarem.
Vejo também muitos adeptos de movimentos ligados aos índios como o xamanismo, círculos sagrados, etc, gente que adora acessórios, cocares, brincos, tambores, se vestir de índio, mas na hora da mobilização de fato, essas pessoas e suas páginas de facebook, blogs, sites, estão CALADOS.
E para quem soube e acha NORMAL uma atrocidade dessa acontecer, acha que é “só mais um índio morto”, para quem acha que os índios são uma “subraça”, só tenho a dizer que vocês são desalmados e a vida já terminou para vocês.
Eu realmente estou chocada, revoltada, atônita, triste, e como mãe me solidarizo por esta família, como filha de índio que sou, também.
Disse que não me alongaria, mas...termino por aqui.
Danielle Barros


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Conheçam o livro "Como diria meu gato" da Manu Cunhas!

Em 2015 foi criada a campanha para financiamento coletivo do livro "Como diria meu gato" da artista Manu Cunhas, a campanha foi um sucesso!
A ideia era arrecadar dinheiro para publicação do livro que aborda sobre o fascinante universo do comportamento felino, e ainda apoiar o Adote um Ronrom, um lindo projeto sediado em Florianópolis (SC) que resgata e cuida de gatos abandonados, buscando um novo lar para eles. O projeto sempre busca estratégias criativas de arrecadar fundos para manter os felinos muito bem tratados, cuidados que vai além da alimentação, mas cuidados médicos e muito carinho.

Arte Manu Cunhas, imagem publicada em: https://www.catarse.me/pt/comodiriameugato

O sucesso foi tão grande, que com o alcance da "meta estendida" (quando o projeto atinge além da meta estipulada) o livro que antes seria com uma capa mais simples, se tornou um livro com "capa dura" e ainda ganhamos um livro extra sobre cuidados felinos!

Foto Danielle Barros

Manu Cunhas é dona de gatos, formada em Design Gráfico pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESCO) onde leciona atualmente, e é ilustradora há 7 anos.
Os apoiadores do projeto (incluindo eu), acompanhou o processo do surgimento do livro, desde a conclusão exitosa da campanha à espera ansiosa de receber os livros pelo correio, sempre recebendo em nossos e-mails e pelas postagens das páginas da Manu Cunhas e do Adote um Ronrom, todas as novidades acerca do processo de impressão, chegada, e envio para os leitores! 

Bom demais ver meu nome entre os apoiadores deste lindo livro,
e ver que amigas minhas a quem indiquei também estava lá,
né Dani (Danieli Marinho Nobre)?

Foi muito gratificante apoiar e receber esta linda obra, cada página graciosa com as lindas ilustrações da artista abordando sobre nossos amados felinos! Veja algumas das artes da Manu Cunhas:

Arte Manu Cunhas, imagem publicada em: https://www.catarse.me/pt/comodiriameugato

Arte Manu Cunhas, imagem publicada em: https://www.catarse.me/pt/comodiriameugato
São 80 páginas com artes coloridas a aquarela, com diversas situações divertidas da interação dos gatos com "seus" humanos e de suas personalidades peculiares.
Li o livro com meu filho Pedro Jorge, e a cada página que líamos ele dizia: "olha, essa é a Kale!", "Ah, quem faz isso é o Noite!", vimos nossos gatos e à nós mesmos representados nas páginas do livro!
Depois de ler o livro todo, Pedro, que tem 6 anos, falou assim:
"Mãe vou escrever uma coisa no livro"
eu retruquei: "Vai riscar nosso livro?"
Ai ele: "Mas em um lugar que 'pode'"
Quando fui ver, olha o que ele fez:

Foto Danielle Barros
Ou seja, o livro não é mais meu!! hehehehe

ONDE ADQUIRIR?
Ficou curioso/a para ler esta lindeza? Adquira AQUI, aproveita para navegar no site que tem muita coisa linda!
Agora vejam uma sequência de fotos que fiz aqui em casa, a ideia era tirar com os nossos 6 gatos, mas só consegui com Noite e Oito! Deliciem-se:

Nosso gatinho Oito indica "Como diria meu gato"!
Oito e sua barriguinha linda posando com os livros

Sequência com nosso amado Noite <3





Noite já #chatiado por causa de tanta foto 

Pintura de Pedro Jorge sobre nosso gato Noite e os livros da Manu Cunhas (ganhamos cartão postal de presente!)

Peça o seu, vale muito a pena! Além do livro ser lindo, você ainda estará ajudando ao projeto Adote um Ronrom!

Serviço:
Como diria meu gato (livro ilustrado)
Manu Cunhas
80p. Capa dura, 15x15 cm
Araraquara, SP: Editora 42, 2015.
Contato com autora:
SITE: http://manucunhas.iluria.com/index.html
FACEBOOK: https://www.facebook.com/manucunhas.ilustracao/?fref=ts
Adote um Ronrom: https://www.facebook.com/AdoteUmRonrom/?fref=ts